Seu mundo tem o brilho orbital de uma menina
e a convicção estridente de uma mulher.
No seu fundo vejo teus medos e segredos,
como em um filme acromático e mudo.
Eu mudo o meu olhar para o teu sorriso
delirante, devagar vai se abrindo preciso.
Reluzente, tímido como o sol que nasce
nas primeiras manhãs da primavera,
mostra tal ambiguidade, como é bela.
Me faz inseguro, tremer e corar a face
por não saber como encará-la:
Se mulher-menina ou divina?
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É, a poesia é sorrateira, golpeia mansamente. Está passeando você inocentemente por suas bandas, achando tudo meio sem sentido – e eis que, em repente, encontra cá um verso bonito; vem outro e entra pelos seus poros; ali adiante vem um que lhe atravessa a alma.
ReplyDeleteÉ assim que você é abduzido ao mundo poético. Volta dele não completamente – vem apenas o corpo, desorientado; a alma transfigurada em suspiro; o coração soluça de saudade.
Definitivo será seu encontro com o verso perfeito. A partir dele, todo o seu universo será visto em ritmo, rima e poesia. Até o sorveteiro da esquina terá disponível um sabor poético em seu cardápio de doçuras.
Bem vindo ao novo mundo.
x,
Renata